O QUE É HERNIA DE DISCO?




A hérnia de disco é uma lesão que ocorre com mais frequência na região lombar. Essa doença é a que mais provoca dores nas costas e alterações de sensibilidade para coxa, perna e pé. Aproximadamente 80% das pessoas vão experimentar a dor lombar em algum momento de suas vidas. A localização mais comum da hérnia de disco lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar (L4/L5) e no disco que fica entre a quinta vértebra e o sacro (L5/S1).
A população precisa saber que essa doença não tem cura. As pessoas melhoram da dor, voltam a ter uma vida normal na maioria das vezes, mas é bom deixar claro que o repouso e os medicamentos não devolvem a funcionalidade nem fortalecem os músculos que ficaram fracos com a doença. Acreditamos que esse seja um dos principais motivos de tantas dores recorrentes na coluna vertebral. Assim, se você teve um episódio de dor severa na coluna e esses sintomas permaneceram por mais de três meses, provavelmente outros virão. Essa regra vale para 100% dos casos. Portanto, o segredo é fazer uma atividade física em locais adequados e com profissionais especializados

SURGIMENTO DA HÉRNIA DE DISCO:

A palavra “hérnia” significa projeção ou saída por meio de uma fissura ou orifício de uma estrutura contida. O disco intervertebral é uma estrutura fibrosa e cartilaginosa que contém um líquido gelatinoso no seu centro, chamado núcleo pulposo. O disco fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral. Esse anel fibroso, quando fissura ou está desgastado, permite que o líquido gelatinoso que está mantido no seu centro realize uma expansão ou abaulamento da sua estrutura e também pode se extravasar. Quando esse fenômeno ocorre em pequenas proporções, chamamos protusão discal. Se a lesão no anel fibroso que mantém o núcleo for grande, o líquido contido no núcleo poderá sair para o meio externo e, quando isso acontece, o disco poderá diminuir de volume, achatando-se. Por isso, chamamos de hérnia de disco. Dependendo do local da saída desse “gel”, o paciente poderá sentir fortes dores ou não. Com esse conceito, fica claro que o importante é saber qual é a localização da hérnia de disco, e não o seu tamanho.


COMPOSIÇÃO DO DISCO:


 O disco é composto de duas partes principais: uma delas é a parte central, chamada núcleo pulposo ou líquido viscoso. O núcleo funciona como um amortecedor para proteger das pressões e torções exercidas por nós no dia a dia. A segunda parte é composta de um tecido cartilaginoso chamado anel fibroso. Esse anel mantém o núcleo na parte central e tem características elásticas que permitem e facilitam os movimentos de flexão, extensão e rotação do tronco. Existe uma estrutura muito importante chamada placa terminal que faz parte desse complexo, mas essa estrutura pertence à vértebra e fica localizada na região superior e inferior de cada vértebra. Assim, a integridade dessas estruturas é que conserva e nutre o núcleo pulposo. Com a degeneração destas estruturas, os líquidos do núcleo poderão migrar para os corpos vertebrais. O início deste processo é chamado de Modic tipo I. Alguns autores afirmam que este processo inflamatório e degenerativo na placa terminal poderá causar dores na coluna vertebral.A saída do núcleo pulposo ou o abaulamento do disco poderão provocar uma pressão nas raízes nervosas correspondentes à hérnia de disco ou à protrusão. Essa pressão na raiz nervosa poderá causar os mais diversos sintomas que serão descritos mais adiante.

VEJA OS NÚMEROS SOBRE A HÉRNIA DE DISCO:
13% das consultas médicas envolvem dores na coluna.
15% da população mundial sofre com a hérnia de disco.
70% da população brasileira com mais de 40 anos sofre de algum tipo de problema na coluna.
Essa doença é a 3ª causa de aposentadoria precoce, as dores nas costas são também o 2° principal motivo das pessoas que tiram licença no trabalho.
Mais de 6 milhões de brasileiros sofrem com a doença e é a 2ª maior causa de afastamento do trabalho, ficando atrás apenas das doenças cardíacas.
Pessoas com faixa etária de 25-45 anos apresentam o maior índice de casos de hérnia de disco.


SINTOMAS DA HÉRNIA DE DISCO:

 Os sintomas mais comuns são dores localizadas nas regiões onde existe a lesão do disco. Essas dores podem ser irradiadas para outras partes do corpo. Quando a hérnia é na coluna cervical, as dores ou as alterações de sensibilidade se irradiam para as regiões superiores dos ombros, para os braços, as mãos e os dedos. Se a hérnia de disco é lombar, as dores se irradiam para as pernas e pés. O paciente pode também sentir formigamento, dormência, ardência e dores na parte interna da coxa. As pessoas relatam que é uma “dor chata” e que não existe posição que melhore. Alguns relatam que pioram quando vão dormir. Isso acontece porque nesse momento o corpo fica relaxado e os discos se reidratam, aumentando o seu volume, e consequentemente comprimem as raízes nervosas. Nos casos mais graves, a compressão poderá causar perda de força nas pernas e até mesmo incontinência urinária

OBSERVE OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE FORMA RESUMIDA:

  • Dor nas costas há mais de três meses;
  •  Coluna torta quando entra em crise;
  • Dor noturna que piora durante o sono e que permanece ao acordar;
  •  Dor que piora ao ficar em pé com a perna estendida;
  •  Bastante dificuldade para ficar sentado por mais de 10 minutos;
  •  Redução de força em uma das pernas ou nas duas;
  •  Impossibilidade de ficar de ponta de fé com uma das pernas;
  •  Dor, formigamento ou dormência nos membros;
  • Dificuldades extremas para segurar a urina;
  • Redução do rendimento e desânimo para a realização de atividades rotineiras;
  •  Dores de cabeça associadas a dores na região da nuca e que se prolongam para os ombros;
  •  Dificuldades para se locomover ou levantar algum objeto.


Qualquer um desses sintomas representa um sério problema para sua coluna vertebral. Não tome remédios por conta própria nem espere que sua dor melhore sozinha. Nenhum tipo de dor na coluna deve ser ignorado, principalmente, quando o paciente detecta a presença de um ou mais dos sintomas listados acima. Ao identificar incômodos similares, deve-se procurar por ajuda médica imediatamente. Mascarar a dor com o uso de medicamentos (por conta própria) ou “receitas caseiras” é colocar a saúde em risco. O ideal é investigar a causa das dores e demais sintomas com a ajuda de um especialista para que a raiz do problema (e não somente os efeitos que ele manifesta) seja tratada de forma adequada e efetiva.

 TIPOS DE HÉRNIA DE DISCO:


Protrusas: O disco se alarga, mas contém o líquido gelatinoso no seu centro. A base do disco se avoluma e fica mais larga que o diâmetro de origem. As paredes do disco poderão tocar em regiões e áreas de grande sensibilidade nervosa, gerando dores e incapacidades.

Extrusas: A hérnia de disco lombar extrusa é uma condição ortopédica muito frequente e importante que afeta os discos intervertebrais da coluna que funcionam como verdadeiros amortecedores. A patologia se dá quando há o rompimento desse anel fibroso e o conteúdo gelatinoso interno ou núcleo pulposo sai por meio de uma fissura na membrana, havendo perda de contato dos fragmentos extravasados com o seu meio interno.

Sequestradas: A hérnia de disco sequestrada é aquela que rompe a parede do disco e o líquido gelatinoso migra para dentro do canal medular, para cima ou para baixo. Além da pressão na raiz nervosa, provoca inflamação e compressão contínua. É o tipo de hérnia que provoca a chamada dor química, pois esse núcleo pulposo, quando fora do seu ambiente natural, tem propriedades químicas ácidas e provoca dores insuportáveis. O paciente se apresenta com postura antálgica, inclinando o tronco para o lado que lhe dê conforto. Neste caso, a melhora só será possível com medicamentos, repouso ou até mesmo cirurgia.
Manter a postura correta não é importante, apenas, para a boa aparência, alterações posturais desde a infância, por exemplo, já predispõem problemas na vida adulta. Daí a necessidade de prevenir hábitos incorretos de postura. 

DIAGNÓSTICO E EXAME:


O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando-se em conta o histórico do paciente, as características dos sintomas e o resultado do exame físico realizado durante a avaliação. As regiões mais comuns de serem acometidas com hérnia de disco são a coluna lombar e a coluna cervical.
Quando as pessoas procuram por um profissional com queixas de dores no pescoço, exploramos inicialmente a possibilidade de existir alguma assimetria facial, observamos o tipo de mordida e analisamos se o comportamento do paciente tem características de ansiedade ou estresse. Esses fatores contribuem para o aparecimento de dores na coluna cervical e até mesmo da hérnia de disco. Exames como raio X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e a localizar em que exata região da coluna está a lesão, mas eles não são decisivos para a tomada de conduta.

O exame mais importante e decisivo é o que realizamos com o paciente: ouvir o que ele tem para nos falar sobre a dor, procurar saber o que ele faz no dia a dia em casa e no trabalho e entender as reações do corpo. Todos esses detalhes poderão dar uma grande contribuição para melhora do paciente, e cabe ao profissional ficar atento. A falta de atenção com o paciente é um dos fatores de negligência das condutas dos profissionais de saúde. O cuidado e a atenção com os nossos pacientes são imperativos.
As dores lombares também têm suas peculiaridades, mas, assim como ocorre com as dores cervicais, procuramos primeiro escutar o paciente e, depois, fazer o exame clínico. Fazer uma boa avaliação física do quadril é de fundamental importância, pois é muito comum as pessoas que têm limitações ou lesões nessa região também terem dor na coluna vertebral. Essa relação entre o quadril e a coluna vertebral já foi motivo de muitas pesquisas científicas. Hoje podemos afirmar categoricamente que existe uma forte ligação entre as duas estruturas e que é muito comum encontrarmos em nossos pacientes dores ou restrições em ambas as estruturas.
O mais importante é que hoje nós temos excelentes alternativas de tratamento sem cirurgia. A população deve ter consciência desses novos conceitos de tratamento e não aceitar a primeira proposta de condutas invasivas. Os governos federal, estaduais e municipais e os planos de saúde não aguentam mais pagar tanta conta de cirurgia de coluna e – o mais importante – muitos desses procedimentos não estão trazendo os resultados desejados para os pacientes. Existem médicos que estão exigindo que o paciente assine um longo contrato antes dos procedimentos. Tudo isso para o médico se precaver das futuras reclamações ou processos judiciais. Parece até a confirmação do insucesso que vai existir com o procedimento. É importante que todos pesquisem e tenham mais cautela e paciência no momento de escolher o médico.


A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO EXATO:

Pessoas com suspeita de hérnia de disco são diagnosticadas em, apenas, 1% a 5% dos casos com a patologia. A maior parte não tem hérnia discal, mas sim outros problemas, como o famoso bico de papagaio, ou seja, a falência estrutural ou funcional dos discos intervertebrais.
Muitas vezes, o sintoma que o paciente acredita ser de determinada doença é, na verdade, decorrente de outro problema que pode ser de resolução mais simples – e também mais grave. Daí a necessidade de um diagnóstico exato e precoce. Nenhum paciente deve ser submetido a qualquer tratamento antes do primeiro passo (insubstituível): a avaliação Um especialista deve realizar todos os procedimentos para identificar o problema a ser tratado, as necessidades específicas para o quadro daquele paciente e as limitações apresentadas pelo mesmo. Uma vez realizado esse passo inicial, o atendimento poderá ser direcionado ao paciente com uma maior garantia de resultados seguros através do tratamento.


COMO PREVENIR UMA HÉRNIA DE DISCO:

Mudanças no estilo de vida são indispensáveis para evitar o surgimento da hérnia de disco.
 Dentre as orientações, podemos destacar:
  •  Evitar o fumo;
  • Praticar atividades físicas sob orientação profissional para, sobretudo, fortalecer a musculatura de sustentação da coluna, tornando-a mais resistente aos possíveis impactos;
  •  Adotar uma dieta saudável para controlar o peso corporal e prevenir que a coluna sofra com as sobrecargas;
  •  Não carregar excesso de peso no dia-a-dia ou no trabalho;
  •  Praticar exercícios de alongamento;
  •  Manter uma postura adequada em todas as situações.



HÉRNIA DE DISCO TEM CURA?

A hérnia de disco apresenta diferentes fases de evolução. Quando o nível de comprometimento da coluna não é tão crônico, opções de tratamento conservador, como técnicas de fisioterapia, podem ser adotadas com êxito. A própria administração de medicamentos anti-inflamatórios e relaxantes musculares, prescritos pelo médico, também pode auxiliar bastante. Apesar de constituírem a minoria, há os casos mais graves, onde nenhum procedimento não invasivo surte efeito. Nesses casos, a cirurgia pode ser necessária para corrigir o problema.
Normalmente, a maioria dos casos de hérnia de disco podem ser tratados com garantia de sucesso, sendo necessária, contudo, uma manutenção de importantes hábitos ao longo da vida para evitar recidivas. O período de recuperação total é individual, ou seja, cada paciente evolui de acordo com suas condições, não existe um período padrão. Esse processo também vai depender do quadro da hérnia de disco submetido ao tratamento e do comportamento do paciente em obediência ás orientações médicas.

FONTE: https://www.itcvertebral.com.br/doencas-da-coluna/hernia-de-disco


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NEUROCIRURGIA



A neurocirurgia é parte da medicina que se ocupa do estudo e tratamento de adultos e crianças portadoras de doença do cérebro e da coluna vertebral que necessita de cirurgia.
O neurocirurgião trata de diversas doenças que acometem o sistema nervoso central e periférico. Os sintomas neurológicos são:

  •          Dor de cabeça (cefaleia, enxaqueca)
  •          Dores na coluna (lombalgia, cervicalgia)
  •          Desmaio e crises epilépticas (epilepsia)
  •          Formigamentos (parestesias) e outras alterações da sensibilidade
  •          Perda de força (paralisias)
  •        Alterações visuais (perdas visuais, visão dupla, pontos luminosos e alterações da fala, afasia).
  •          Alterações do estado mental (confusão, agitação), perda de memória
  •          Tonturas, alterações do equilíbrio e marcha
  •          Movimentos involuntários (tremores, tics)
  •          Distúrbios do sono (falta de sono em excesso)
  •          Déficit de atenção
  •          Alteração do humor (irritabilidade, depressão)
  •          Ansiedade (medos, fobias, pânico, preocupações excessivas).











A avaliação do neurocirurgião é sempre importante para descartar a possibilidade de tratamento cirúrgico de algumas doenças. Feito isso, o seguimento de algumas doenças pode ser realizado por outros especialistas como: neurologista, reumatologista, endocrinologista, otorrinolaringologista entre outros.






A neurocirurgia pode ser dividida em grandes áreas, de acordo com as doenças que seguem:


Neurocirurgia geral:
  •          Hidrocefalia
  •          Tumores cranianos
  •          Infecções
  •          Cistos

Cirurgia de coluna:
  •          Traumas
  •          Doenças degenerativas (artrose, bico de papagaio, hérnia de disco...).
  •          Doenças congênitas (escoliose, desvios).

Neuro vascular:
  •          Aneurismas cerebrais.
  •          Mal formações arteriovenosas cerebrais e raquidianas.
  •          Cavernomas.
  •          Avcs (derrames)...

Neuro-oncologia:
  •          Tumores, câncer...

Neurocirurgia pediatra:
  •          Hidrocefalia.
  •          Mielomeningocele.
  •          Mal formações do crânio e da coluna.
  •          Epilepsia.
  •          Cistos, tumores, infecções...
DRºJAILTON SAMPAIO
   NEUROCIRURGIÃO















"Cefaleia ou Cefalgia"

O que é
“Cefaleia” ou “Cefalgia” são os nomes científicos para a popular “dor de cabeça”. Pode ocorrer de modo isolado, quando apresenta um complexo sintomático agudo, como a enxaqueca; ou então quando provém de uma doença em desenvolvimento, como infecções. No caso de a dor ser aguda, chamamos de cefaleias primárias e se associada a alguma doença, cefaleias secundárias.
É estimado que 90% da população mundial já apresentou ou irá apresentar algum episódio de cefaleia ao longo da vida. Por isso, recomenda-se uma avaliação completa e criteriosa do paciente que apresenta algum tipo de cefaleia.

 

Como identificar? Quais são os sintomas?

As dores de cabeça podem se manifestar de maneira súbita, subaguda ou crônica.
Há fatores que antecedem a dor de cabeça, como crises de cefaleia em salvas após ingestão de álcool, ou serem desencadeadas por consumo de queijos ou vinhos, levando à enxaqueca.
Algumas cefaleias podem ser acompanhadas de sintomas que antecedem a dor propriamente dita, como alterações visuais de curta duração (aura visual), pontos luminosos na visão (escotomas cintilantes), irritação, astenia, falta de apetite e/ou depressão.
A dor pode ser de característica pulsátil, latejante, pressão, aperto, fincadas, ardência, lancinante, também nos níveis fraco, moderado, intenso, constante ou em salvas. Também pode ser unilateral, bilateral, holocraniana (toda cabeça), frontal, retrocular, occiptal ou mesmo seguindo o padrão de distribuição das divisões do nervo trigêmeo na face.
A cefaleia pode associar-se à sintomatologia autômica (náuseas, vômitos, hiperemia ocular, lacrimejamento, obstrução nasal, sensibilidade à luz e ao som) ou até mesmo sistêmica, como a perda de peso recente, febre, mal-estar, cansaço e inapetência.

 

Quais os tipos de Cefaleia? E as suas causas?

A cefaleia divide-se em vários tipos, aqui vamos colocá-la em dois grandes grupos, as dores primárias que são mais leves e as secundárias, ocasionadas por outras doenças. Acompanhe:

Cefaleia primária

Caracterizada pelas cefaleias crônicas de natureza primária, que na maioria das vezes tem início em enxaquecas, cefaleias tensionais e cefaleias em salvas.

Cefaleia secundária

Caracteriza-se por uma dor de cabeça associada a outras doenças, como aneurisma cerebral, sinusite, tumor cerebral, etc. A maioria dessas dores de cabeça desaparece quando a doença que a causa é curada. Essas dores podem ocorrer devido a alterações do organismo e da interação do indivíduo com o ambiente. As cefaleias secundárias podem ter como causa:
  •  - Doenças que afetam as artérias, veias e a circulação do cérebro (aneurismas cerebrais, arterite, isquemias cerebrais, trombose venosa cerebral e sangramentos no cérebro).
  •  - Doenças que fazem a pressão de dentro da cabeça (não confundir com pressão arterial) aumentar ou diminuir.
  •  - Ingestão ou exposição a produtos químicos nocivos e tóxicos (gás carbônico, álcool, drogas e/ou glutamato monossódico).
  •  - Traumas (traumatismo) cranianos e/ou cervicais (batidas na cabeça e/ou pescoço).
  •  - Tumores cerebrais.
  •  - Uso excessivo de analgésicos ou pela retirada de substâncias (opióides e cafeína).
  •  - Infecções (no cérebro, como meningite viral, meningite bacteriana, meningites crônicas, abscesso cerebral, ou em qualquer lugar do corpo como sinusite, mastoidite, otite);
  •  - Alteração metabólica, por desequilíbrios do funcionamento do organismo (alterações de hormônios, pressão arterial, oxigenação);
  •  - Problemas das estruturas pericranianas, ou seja, qualquer problema de olhos, ouvido, nariz e seios da face, dentes e atm., pescoço.

As cefaleias agudas ou súbitas geralmente constituem a manifestação de uma patologia intracraniana como hemorragia subaracnóide ou de outras doenças cerebrovasculares ou infecciosas (meningites, encefalites, etc.). Entretanto, elas podem ocorrer também após punção lombar (procedimento médico especializado para diagnóstico de enfermidades neurológicas) ou até durante manobras fisiológicas que possam aumentar a pressão intra-abdominal e, consequentemente, a intracraniana, como exercícios físicos intensos e relações sexuais.
Quando de manifestação subaguda, pode ser resultante de enfermidades inflamatórias do tecido conjuntivo, como a artrite de células gigantes ou mesmo de processos tumorais intracranianos como:
  •  - Tumores;
  •  - Abscessos cerebrais;
  •  - Metástases cerebrais;
  •  - Hematomas subdurais além de hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral); 
  •  - Neuralgia do trigêmeo/glossofaríngeo e crise hipertensiva.

Os tipos de Cefaleias

Enxaqueca

Este tipo de cefaleia tem como principal característica uma dor pulsátil em um dos lados da cabeça (às vezes ocorre nos dois), geralmente é acompanhada de fotofobia e fonofobia, náusea e vômito. Sua duração varia de quatro a 72 horas, e pode ser mais curta em crianças. Sua causa ainda é desconhecida, mas relaciona-se com alterações cerebrais e hereditariedade.
Segundo dados do Ministério da Saúde, de 5 a 25% das mulheres e 2 a 10% dos homens tem enxaqueca, contudo, ela é predominante em pessoas com idades entre 25 e 45 anos, sendo que após os 50 anos essa porcentagem tende a diminuir, principalmente nas mulheres. A enxaqueca ocorre em 3 a 10% das crianças, afetando igualmente ambos os gêneros antes da puberdade, mas tem predominância no sexo feminino após essa fase.
A enxaqueca crônica ocorre em 15 ou mais dias do mês, sendo oito dias com crises típicas de enxaqueca, por mais de três meses, quando há ausência de abuso de medicamentos. Os principais causadores da Enxaqueca são:

  •  - Abuso de medicamentos.
  •  - Esforço físico.
  •  - Estresse.
  •  - Fome.
  •  - Fortes odores (perfume).
  •  - Irregularidades no sono.
  •  - Luzes e sons intensos.
  •  - Mudanças bruscas de temperatura e de umidade.

É comum as mulheres apresentarem enxaqueca na fase menstrual, também conhecida como “enxaqueca menstrual”, e tem melhora apenas na menopausa. Os sintomas da enxaqueca consistem em: náusea, vômitos, bocejos, irritabilidade, sensibilidade à luz, ao som e ao movimento do corpo ou do ambiente, tonturas, fadiga, alterações no apetite, problemas de concentração, bem como dificuldade para encontrar as palavras.

Cefaleia em salvas:

Este tipo de cefaleia é raro, muitos ainda confundem com a enxaqueca, porém suas dores não passam nem perto dela. Entre os principais sintomas e características da cefaleia em salvas estão:
  •  - Apenas do lado da dor os seguintes sintomas aparecerão, nunca nos dois lados: dor muito intensa, extrema, excruciante (pode ainda doer cada lado da cabeça alternadamente). O olho fica vermelho, lacrimeja bastante e incha, incluindo o cair da pálpebra que deixa o olho semifechado ou fechado. A narina escorre (coriza) e entope (congestão nasal). A face transpira, brilhando de suor e incha alterando a fisionomia durante a crise.
  •  - A crise não é acompanhada por enjoo (náuseas) ou vômitos.
  •  - O paciente não tem sensibilidade à claridade ou barulho.
  •  - O paciente não consegue relaxar ou ficar parado devido a dor, geralmente anda de um lado para outro, pode atirar móveis e objetos no chão ou contra a parede devido ao desespero.
  •  - O paciente pode sofrer traumas e fraturas ao esmurrar, chutar ou bater com a cabeça violentamente em paredes ou objetos.
  •  - O indivíduo se retira da presença de outras pessoas e se isola para que ninguém possa ver a degradação humana provocada pela crise de cefaleia em salvas.
Cada crise de cefaleia em salvas dura entre 30 minutos a 2 horas, diferentemente da crise de enxaqueca que dura entre 4 horas a 3 dias. A crise de cefaleia em salvas corresponde a 3 dias de crise fortíssima de enxaqueca concentrados em 30 ou 45 minutos, podendo ocorrer 3, 4 e até 5 dessas crises de cefaleia em salvas em um único dia.

Quase sempre o paciente saberá especificar precisamente o(s) horário(s) do dia em que sua(s) crise(s) acontece(m). É comum uma delas ocorrer de madrugada, de 1 a 2 horas após o indivíduo adormecer. Depois da crise de cefaleia em salvas, a dor de cabeça pode passar completamente, ou a cabeça pode permanecer dolorida, até a próxima crise.
Estas crises permanecem diárias por um período que varia entre algumas semanas e alguns meses, e em seguida costumam simplesmente ir embora, como se nada tivesse acontecido. Esse período durante o qual as crises ocorrem é conhecido como “episódio de salvas”. Cada episódio desse de salvas costuma ocorrer na mesma época do ano para o mesmo paciente.
Por exemplo, o paciente já sabe que todo mês de janeiro e fevereiro acontece o “episódio de salvas”, todos os anos. Em outros, os episódios de salvas vêm a cada 2 ou 3 anos. E outros, mais de uma vez ao ano, quase sempre em épocas pré-determinadas. E uma minoria dos portadores de cefaleia em salvas não possui episódios de salvas bem definidos, podendo ter crises de cefaleia em salvas a qualquer época, a qualquer momento.
Durante o “episódio de salvas”, e apenas durante esse período, o paciente não consegue ingerir nenhuma bebida alcoólica, mesmo que seja um teor muito baixo de álcool, já é o suficiente para desencadear imediatamente uma crise extra de cefaleia em salvas. Fora do “episódio de salvas”, este mesmo paciente ingere bebidas alcoólicas normalmente. A cefaleia em salvas ocorre muito mais em mulheres, enquanto a cefaleia comum não tem distinção de paciente.

Cefaleia tensional

A enxaqueca é um tipo de cefaleia relacionada com a tensão ou contração exagerada, anormal e mantida de grupos musculares dos ombros, pescoço, couro cabeludo e até face. Esta é a dor de cabeça mais comum que existe, mas por não ser tão intensa e incapacitante, faz com que seus portadores (mesmo crônicos) não procurem tanto a ajuda médica como quem sofre de enxaqueca.
Este tipo de cefaleia não tem uma causa única, há pacientes que tem a dor de cabeça de tensão por causa da contração involuntária e crônica de músculos na parte de trás do pescoço e do couro cabeludo. Essa tensão muscular pode ter várias causas, como:

  •  - Ansiedade;
  •  - Cansaço;
  •  - Estresse emocional ou mental, incluindo depressão;
  •  - Excesso de exercícios;
  •  - Fome;
  •  - Má postura;
  •  - Repouso insuficiente.
As dores de cabeça tensionais podem ser desencadeadas, em sua maioria, por algum tipo de estresse de origem externa ou interna. Ainda existe a cefaleia tensional episódica que geralmente acontece por uma situação estressante isolada ou um acúmulo de estresse. Se um indivíduo está exposto ao estresse diariamente ele corre o risco de sofrer este tipo de cefaleia tensional. Entre os fatores que podem desencadeá-la estão: ingestão de álcool e cafeína (em excesso ou abstinência), gripe, resfriado, fadiga, fadiga visual, fumo em excesso, problemas odontológicos (bruxismo), congestão nasal, esforço físico excessivo e sinusite.
A cefaleia tensional pode ser episódica (menos de 15 dias por mês) ou crônica (mais de 15 dias por mês). O tipo crônico pode variar em intensidade ao longo do dia, mas a dor quase sempre está presente. A forma aguda também pode evoluir para a crônica.

OBSERVAÇÃO:
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica. 
Sendo a doença mais comum no mundo, muitas pessoas acabam se automedicando e não consultam um especialista. Aproveite para compartilhar estas informações com as pessoas que você conhece ou já ouviu queixando-se sobre dores de cabeça, as vezes o problema pode ser muito mais sério do que pensam!

FONTE:



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